Descubra a “Arca de Noé” subterrânea construída pela Inglaterra e o que ela guarda!
Confira detalhes sobre a Arca de Noé subterrânea construída pela Inglaterra e saiba o que ela armazena!
A Inglaterra construiu uma Arca de Noé subterrânea com espécies de plantas do mundo todo. Elas ficam em câmaras encouraçadas debaixo da terra a uma temperatura de 20?°C negativos.
Ainda não conhece esse projeto? Sem problemas! A seguir, você confere detalhes e entende mais sobre a Arca de Noé inglesa, projeto que já existe desde 2000.
Banco de Sementes do Milênio
O projeto recebeu o nome Banco de Sementes do Milênio, da sigla inglesa MSB, e foi lançado em 2000, para celebrar a virada do milênio.
Segundo os cientistas que participam do projeto, eles correm contra o tempo, porque duas em cada cinco espécies de plantas estão sob o risco de desaparecer.
VEJA ESSA
O Banco de Sementes do Milênio está localizado no sul de Londres, em Wakehurst (filial do Jardim Botânico Kew Gardens) e é considerado o maior banco de sementes do mundo.
O biólogo David Attenborough, referência no assunto no Reino Unido, diz que o MSB é a maior iniciativa de conservação de plantas já realizada. O objetivo do projeto é conservar espécies silvestres por meio de sementes. Desse modo, é possível evitar que sejam extintas, principalmente a longo prazo.
O que Mais você Gostaria de Saber?
Escolha abaixo:
Atualmente, o banco possui cerca de 2,5 bilhões de sementes armazenadas. Elas ficam em câmaras encouraçadas debaixo da terra, numa temperatura de 20?°C abaixo de zero. As câmaras resistem a inundações e bombardeiros!
O projeto é mantido por financiamento e doações públicas. Além disso, mantém-se um intercâmbio com diferentes países. No entanto, nem todos participam. O Irã, por exemplo, não encaminha sementes de plantas locais.
Já a Indonésia se nega a compartilhar sementes de plantas locais, mas assumiu o compromisso de conservá-las em seu próprio território.
Como funciona o armazenamento das sementes
O Banco de Sementes do Milênio possui 2,5 bilhões de sementes, que pertencem a mais de 40 mil espécies diferentes, procedentes de 190 países. Isso representa aproximadamente 20% da flora mundial.
A prioridade do banco é para plantas que estão ameaçadas de extinção devido à mudança climática. Isso inclui espécies nativas, que podem ser encontradas em somente uma área geográfica. Além disso, o banco prioriza plantas importantes para comunidades a partir dos pontos de vistas médico e econômico.
Toda semana, a equipe do banco inicia o processo para conservação de sementes, que é feito utilizando tecnologia. Resumidamente, as sementes são secas, limpas e congeladas. A partir disso, podem ser mantidas por décadas ou séculos, dependendo da espécie.
A equipe do projeto trabalha em um laboratório totalmente envidraçado em Wakehurst, o que permite que visitantes confiram as atividades realizadas.
As sementes passam por um processo de detecção de doenças, que é feito usando raio X. Se aprovadas nessa etapa, as sementes recebem uma carteira de identidade com nome, país de origem e data que chegou ao banco.
Então, são armazenadas em frascos de vidro, material inerte, antes de partirem para o congelamento em câmaras subterrâneas que resistem a radiações, bombardeio e inundação.
Quais são as principais espécies da Arca de Noé inglesa?
Conforme a equipe do banco, a maior coleção de sementes é composta por espécies da família das orquídeas. No entanto, também há espécies de plantas raras!
Entre elas, destaque para a Deschampsia antarctica, que também é chamada de erva-pilosa-antártica. Trata-se de uma das duas plantas com flor autóctone do Polo Sul. Além disso, o banco também conta com o menor lírio d’água do mundo.
Preocupação com mudança climática motiva o armazenamento
Uma das principais preocupações da equipe é com a mudança climática que o planeta vem passando, o que pode fazer com que diversas espécies de plantas entrem em extinção.
Além disso, também há uma preocupação com a mudança do uso do solo pela agricultura. Algumas medidas podem alterá-lo, afetando espécies selvagens que poderão deixar de existir em médio e longo prazo.
Segundo os pesquisadores do banco, algumas plantas vão se adaptar e continuarão existindo. Outras, no entanto, não terão a mesma sorte e poderão desaparecer completamente.
Daí a importância do trabalho do Banco de Sementes do Milênio: ele salva algumas espécies, mantendo um registro de cada uma com possibilidade de cultivo no futuro. O banco também auxiliará em estudos sobre biologia e espécies selvagens.
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